gestão de riscos corporativos

Gestão de riscos corporativos: o que é e como fazer?

Fazer a gestão de riscos corporativos é uma prática que garante a diminuição de erros e a redução de danos ao capital e a imagem da empresa.

Porém, esse processo fica mais difícil conforme o tamanho da empresa, o material humano disponível e o montante da estrutura que está sob supervisão da diretoria.

Sabendo disso, elaboramos esse conteúdo para que você, gestor, conheça as características que formam a gestão de riscos corporativos, seus tipos e detalhamento de como esse processo pode ser colocado em prática. 

Boa leitura!

O que é risco corporativo?

Um risco corporativo é um acontecimento que pode gerar danos a empresa, seja ao seu funcionamento interno, as suas finanças ou a sua imagem.

Ou seja, é um dano que ainda não ocorreu, mas que pode acabar representando algo maior.

É importante notar que esse risco não é necessariamente negativo, muitas vezes a empresa pode assumir processos que não estão 100% garantidos visando os benefícios que ele pode trazer.

Confira um exemplo de cada um deles.

Risco negativo

Como risco negativo podemos citar a contratação de um novo colaborador para um cargo de liderança, o gerenciamento de riscos corporativos nesse processo teria como meta encontrar um profissional qualificado e apto para assumir o desafio.

Porém, por melhor que seja o processo seletivo, o risco de dano à imagem da empresa caso o novo profissional tome atitudes prejudiciais ainda existe.

Risco positivo

Já como risco positivo, podemos colocar o lançamento de um novo produto. Novamente, o gerenciamento de riscos corporativos fará com que esse produto seja bem pensado e estudado.

Ao ser lançado no mercado, essa gestão pode garantir que esse risco seja minimizado, ou seja, gerando aspectos positivos, como vendas além do esperado ou uma recepção muito positiva por parte do público.

O que é gestão de riscos corporativos?

Agora que você já entendeu o que é um risco corporativo, fica mais fácil entender qual é o papel da sua gestão.

A gestão de riscos corporativos é o processo de planejamento, organização e controle de recursos materiais ou humanos focado em prevenir a empresa de prejuízos financeiros e a imagem do negócio.

Dentro deste processo são propostas estratégias que vão manter o negócio nos trilhos, sendo que cada setor ou área da empresa terá os seus próprios caminhos para realizar o gerenciamento e minimizar os riscos, ou miximizá-los, no caso dos riscos positivos.

O que é gestão de risco e compliance?

Enquanto a gestão de risco se concentra em identificar e controlar as ameaças à organização, o compliance garante que estas estratégias de controle e demais operações da empresa estejam em linha com as obrigações legais e regulatórias. 

Assim, esta interseção é crucial, pois uma falha de compliance pode ser tanto uma fonte de risco quanto um risco em si. Por exemplo, o não cumprimento de leis trabalhistas não só expõe a empresa a penalidades legais (um risco de compliance), mas também pode afetar negativamente a moral dos funcionários e a reputação da empresa (riscos operacionais e de reputação).

Dessa forma, a integração eficaz da gestão de risco e compliance fortalece a capacidade de uma organização de operar de forma ética e legalmente responsável, enquanto maximiza a sua capacidade de alcançar objetivos estratégicos. 

Isso porque empresas que dão prioridade a ambos os aspectos podem navegar mais habilmente em ambientes regulatórios complexos, evitar contratempos legais e financeiros, e promover uma cultura organizacional que valoriza a integridade e a transparência.

Qual é o objetivo de uma empresa implantar a gestão de riscos corporativos?

O principal objetivo de uma empresa ao implantar a gestão de riscos corporativos é proteger seu patrimônio, assegurar a continuidade dos negócios, e maximizar o valor para os stakeholders. 

Isso porque a gestão de riscos permite identificar, avaliar, e gerenciar proativamente os riscos potenciais que podem afetar a organização, minimizando perdas financeiras, evitando danos à reputação, e garantindo a conformidade com leis e regulamentos aplicáveis.

Assim, ela busca criar um ambiente onde os riscos sejam conhecidos, controlados, e, quando possível, explorados para gerar vantagem competitiva.

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Como a gestão de riscos corporativos pode agregar valor para a sua organização?

A gestão de riscos corporativos, ao ser eficazmente implementada e integrada às estratégias de negócio e processos operacionais de uma organização, pode agregar valor significativo de diversas maneiras. 

Veja a seguir.

Melhora a tomada de decisão

A gestão de riscos fornece insights detalhados sobre os potenciais riscos e oportunidades, permitindo que a liderança tome decisões informadas. 

Ao compreender melhor os riscos associados a diferentes opções estratégicas, as organizações podem escolher caminhos que equilibrem adequadamente risco e recompensa, contribuindo para o alcance dos objetivos corporativos com maior segurança.

Fortalece a cultura

Ao estabelecer o gerenciamento de riscos corporativos como parte fundamental do funcionamento da empresa, ela passará a fazer parte da cultura organizacional também.

Portanto, cada colaborador aprenderá a importância de estar atento aos riscos e procurar por sua otimização. Isso fará com que os profissionais estejam mais conectados com a entrega de um produto de qualidade e com a saúde da empresa.

Otimiza o desempenho financeiro

Identificar e gerir proativamente os riscos financeiros, como flutuações de mercado, taxas de juros, e riscos de crédito, ajuda a proteger os ativos da organização e otimizar seu desempenho financeiro. 

A efetiva gestão de riscos pode também levar à redução de custos operacionais e de seguros, além de evitar perdas significativas.

Aumenta a percepção de toda equipe durante os processos

Apresentar a gestão de risco corporativo como parte da empresa e implementá-la dentre os processos diários dos colaboradores aumentará a atenção deles durante a atuação.

Uma das formas de introduzir essa percepção na rotina é através de checklist a serem preenchidos ciclicamente, garantindo que os processos estão sendo seguidos e, consequentemente, identificando possíveis riscos.

Preserva o capital da empresa

Como você já viu, um dos principais problemas que os riscos corporativos podem causar para o negócio é a perda de capital, logo, a gestão de riscos corporativos trabalha para que o aparato financeiro do negócio seja preservado.

Mantém uma boa imagem do negócio

Como no exemplo da contratação de novas lideranças que agem de maneira desmedida, outros acontecimentos podem acabar prejudicando a imagem da empresa, e o gerenciamento permite a identificação deles antes que aconteçam.

Aumenta o valor da empresa perante o mercado

Uma empresa bem-vista, com boa saúde financeira e que está atenta sempre aos riscos, procurando eliminá-los, ou minimizá-los quando positivos, tende a ver o seu valor de mercado crescer ao se tornar uma marca forte.

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Tipos de riscos corporativos e como gerenciá-los 

Partindo para a prática, é fundamental que o gestor que deseja aprender a fazer a gestão de riscos corporativos saiba previamente quais são os tipos desses riscos.

Risco estratégico

Toda empresa que visa manter sua organização tem as suas estratégias montadas e na medida do possível propagadas para os seus colaboradores. 

Porém, essas estratégias fundamentais podem cair por terra caso a empresa não preste atenção em alguns fatores, que podem inclusive estar alheios a ela.

Entre esses fatores podemos citar:

  • Mudanças no cenário político nacional e internacional;
  • Mudanças no cenário econômico nacional e internacional;
  • Mudanças e inovações tecnológicas;
  • Mudanças em leis, normas e regulamentos.

Esses fatores que podem prejudicar o planejamento estratégico podem ser monitorados, evitando que a empresa seja pega desprevenida quando eles acontecem.

Risco operacional

Para alcançar os objetivos previstos na estratégia, a gestão de riscos corporativos deve se atentar também a tudo que acontece na operação.

Erros operacionais, além de aumentar os gastos, acabam gerando retrabalhos e ocupando maior tempo dos colaboradores.

Confira quais são os principais riscos operacionais:

  • Equipamentos desatualizados e/ ou com falta de manutenção;
  • Falha na cadeia de suprimentos, seja no momento de compra, estoque ou venda de materiais;
  • Acidentes de trabalho que paralisam a operação e trazem danos físicos aos colaboradores;
  • Perda de dados durante a operação.

O gerenciamento de riscos corporativos, unido a padronização dos processos, evita que riscos como esses se desenvolvam.

Risco de compliance

O compliance é a prática que mantém o seguimento das regras e legislação que se aplicam ao negócio, sendo elas estabelecidas internamente – como através de um código de conduta – ou externamente, através das leis.

A quebra do compliance traz prejuízos jurídicos à empresa, que poderá receber multas ou ter que abrir um processo contra um profissional que desobedeceu às normas.

O gerenciamentos de riscos corporativos ligados ao compliance observará os seguintes aspectos para se prevenir de possíveis prejuízos:

  • Indícios de corrupção ou outras formas de se obter vantagens ilícitas;
  • Estabelecimento de acordos com empresas que desrespeitam a legislação;
  • Falta de manutenção dos documentos obrigatórios para o funcionamento do negócio.

Risco financeiro

Já falamos diversas vezes sobre o risco financeiro que a falta da gestão corporativa acarreta, porém, alguns problemas tornam esse risco mais latente, são eles:

  • Endividamento;
  • Problemas com liquidez do negócio;
  • Inadimplência financeira.

Esses e outros riscos financeiros são um grande sinal de alerta para a empresa, afinal, quando postergados e aumentados eles podem determinar a falência da marca.

Nesse caso se aplica a necessidade de os processos que fazem parte da gestão de riscos corporativos serem personalizados, logo, uma equipe com conhecimento financeiro deve ficar encarregada de observar esses possíveis problemas.

Risco de reputação

Os riscos listados acima, principalmente os operacionais, de compliance e financeiros, podem impactar diretamente a reputação da empresa.

Por conta disso, a gestão deve evitar que eles ocorram ou possuam métodos estabelecidos para contornar situações adversas, através de uma assessoria de imprensa.

Casos de corrupção interna, ou acidentes no ambiente de trabalho podem ganhar os noticiários, assim como a inadimplência financeira. Logo a empresa deve aprender a se blindar desses riscos para manter a sua reputação.

Risco a segurança da informação

Na era digital, a segurança da informação ganhou um capítulo à parte com relação à gestão de risco corporativo, afinal, a maioria dos dados da empresa estão armazenados e transitam entre computadores.

Para evitar problemas maiores, o gerenciamento deve focar na:

  • Segurança do aparato tecnológico da empresa, evitando ataques de hackers;
  • Segurança contra fraudes virtuais que possam comprometer a empresa;
  • Segurança contra acessos indevidos a dados da empresa e de seus clientes.

Assim como nas outras áreas, é fundamental que o gerenciamento de riscos ligados à segurança de dados seja realizado por especialistas, garantindo também que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), não seja violada.

Como fazer a gestão de riscos corporativos?

Agora que você já conhece os tipos de riscos corporativos, confira outras dicas que garantirão a melhor implantação dos processos.

Faça a análise de risco dos componentes da sua empresa

A análise de riscos de cada um dos componentes especificados pode ser feita através da verificação de 3 elementos:

  • Evento: situação que gera o risco;
  • Probabilidade: possibilidade de que este evento se concretize, quando maior ela for, mais atenção o evento deve receber;
  • Impacto: efeitos e consequências reais caso o evento se concretize.

Ao analisar esses 3 aspectos, fica mais fácil decidir as prioridades na hora de fazer a gestão de risco corporativo.

Fique atento ao funcionamento da empresa

A gestão deve estar sempre de olho no funcionamento de todas as áreas da empresa, garantindo que todos os processos estão sendo seguidos.

Isso pode ser feito a partir da divisão de tarefas, ou com a ajuda das lideranças, estabelecendo quais aspectos cada um deve notar e com qual frequência.

Estabeleça uma metodologia para a gestão de riscos corporativos

A gestão de riscos corporativos é um procedimento que deve ser sempre realizado, e não apenas quando a empresa detecta possíveis falhas.

Por fazer parte da organização e da cultura, a sua metodologia deve ser bem estabelecida, podendo ser feita por diferentes colaboradores, sem que a observação dos riscos em cada setor seja afetada.

Aplique um regulamento de gestão de riscos corporativos

O regulamento da gestão de riscos refere-se ao conjunto de leis, normas, diretrizes e padrões estabelecidos por autoridades reguladoras, órgãos de normatização, governos e entidades setoriais para orientar como as organizações devem identificar, avaliar, gerenciar e comunicar os riscos associados às suas operações. 

Esses regulamentos têm o objetivo de assegurar que as empresas adotem práticas consistentes e eficazes de gestão de riscos para proteger seus ativos, stakeholders, o mercado e a sociedade em geral contra os potenciais impactos negativos decorrentes de suas atividades.

Como funciona o regulamento da gestão de riscos?

O regulamento da gestão de riscos estabelece diretrizes e requisitos que as organizações devem seguir para identificar, avaliar, mitigar e monitorar os riscos que podem afetar suas operações, finanças ou reputação.

Funciona através de um conjunto de princípios, normas e leis formulados por entidades reguladoras, órgãos normativos e legislações nacionais ou internacionais.

O processo típico envolve:

  • Identificação de riscos: reconhecer os riscos internos e externos à organização;
  • Avaliação de riscos: determinar a probabilidade e o impacto dos riscos identificados;
  • Mitigação de riscos: desenvolver e implementar estratégias para reduzir, transferir ou eliminar os riscos;
  • Monitoramento e revisão: acompanhar os riscos e a eficácia das medidas de mitigação de forma contínua, ajustando-as conforme necessário;
  • Relatório: documentar e comunicar o processo de gestão de riscos e seus resultados para as partes interessadas e, quando aplicável, para os órgãos reguladores.

Este processo assegura que a gestão de riscos seja proativa, sistemática e integrada à cultura e estratégias da organização, promovendo a conformidade com as exigências regulatórias e contribuindo para a sustentabilidade e sucesso a longo prazo da empresa.

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