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Semana de 4 dias de trabalho: como funciona? É legal no Brasil?

A semana de 4 dias de trabalho, um conceito que está reformulando as normas tradicionais do ambiente corporativo, está ganhando terreno no cenário global e chegando ao Brasil com promessas de revolucionar a dinâmica de trabalho.

Mas, o que realmente implica essa mudança na jornada laboral? É legal implementá-la no contexto das leis trabalhistas brasileiras? 

Neste artigo, nós vamos explicar o que é e como funciona este formato de trabalho, quais os resultados da mudança em empresas que já aplicaram o modelo e como o controle de ponto pode ajudar na implementação.

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Acompanhe!

O que é a semana de 4 dias de trabalho?

A semana de 4 dias de trabalho é um modelo de jornada laboral onde os funcionários trabalham por apenas quatro dias em cada semana, ao invés dos cinco dias convencionais. 

Neste sistema, a carga horária semanal é geralmente reduzida, com cada dia de trabalho potencialmente tendo uma duração um pouco mais longa para compensar parcialmente o dia de trabalho a menos. 

O modelo surgiu a partir do projeto desenvolvido pela comunidade 4-Day Week Global. Essa iniciativa tem como objetivo principal difundir e apoiar a implementação de modelos de trabalho mais flexíveis e sustentáveis, que não só beneficiem os trabalhadores, mas também as empresas e a sociedade como um todo.

Assim, o projeto surge com a ideia de que é possível realizar 100% do trabalho em 80% do tempo e garantir 100% de produtividade, sendo testado por empresas ao redor do mundo,

Qual o objetivo da semana de 4 dias?

O objetivo principal da semana de trabalho de quatro dias é reformular a estrutura tradicional de trabalho, visando alcançar uma série de benefícios tanto para os funcionários quanto para as empresas, como:

  • Melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional dos funcionários;
  • Aumentar a produtividade e a eficiência no local de trabalho;
  • Reduzir os níveis de estresse e esgotamento profissional (burnout);
  • Diminuir o absenteísmo e melhorar a satisfação no trabalho;
  • Atrair e reter talentos com políticas de trabalho mais flexíveis;
  • Contribuir para a redução do impacto ambiental, como a diminuição das emissões de carbono devido a menos deslocamentos;
  • Estimular a inovação em práticas de gestão e operação;
  • Fomentar um ambiente de trabalho mais focado e eficaz.

Como funciona a semana com 4 dias de trabalho?

Para aderir ao modelo, a carga horária de 40 horas semanais foi mantida pelas empresas. No entanto, o principal foco está em definir o formato e planejamento da folga semanal. 

Por exemplo, se a carga horária semanal for de 40 horas, cada dia de trabalho seria de 10 horas. Esse modelo mantém a mesma quantidade de horas trabalhadas, mas oferece um dia adicional de descanso.

É importante lembrar que o formato é válido, visto que a CLT define que a carga horária diária de um colaborador deve ser de 8h, com a possibilidade de realizar até 2 horas extras por dia.

Dessa forma, o modelo está baseado em oferecer 4 dias de trabalho e 1 dia de folga, que pode ocorrer em qualquer dia durante a semana de segunda a sexta.

Foi aprovado trabalhar 4 dias por semana?

A CLT e a própria legislação trabalhista não define a proibição ou mesmo validação sobre a semana de trabalho de 4 dias.

Assim, não existe nenhuma específica que estabeleça a semana de trabalho de quatro dias como padrão. No entanto, as empresas têm liberdade para organizar suas jornadas de trabalho, desde que respeitem as normas gerais da legislação trabalhista, como a limitação da jornada de trabalho semanal e o direito a descansos e folgas.

Além disso, é essencial lembrar que a aplicação do formato – mesmo que em fase de testes – só pode ser iniciado a partir a verificação e adequação por meio e acordos coletivos ou individuais, adaptando a carga horária de acordo com as necessidades do negócio e dos funcionários, sempre observando as leis vigentes.

Quais empresas testaram a semana de 4 dias de trabalho no mundo?

A implementação da semana de 4 dias de trabalho tem atraído a atenção de várias empresas globalmente, buscando promover um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além de aumentar a produtividade e satisfação dos funcionários. 

E algumas empresas que testaram ou adotaram essa jornada incluem:

  • Microsoft (Japão): realizou um experimento bem-sucedido onde introduziu uma semana de trabalho de 4 dias;
  • Perpetual Guardian (Nova Zelândia): esta empresa de gestão de propriedades e wills adotou permanentemente a semana de 4 dias após um teste bem-sucedido, observando melhorias na produtividade e no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal dos funcionários;
  • Unilever (Nova Zelândia): iniciou um experimento para avaliar a eficácia da semana de trabalho de 4 dias, permitindo que os funcionários trabalhassem menos horas com o mesmo salário;
  • Shake Shack (Estados Unidos): experimentou a semana de 4 dias para gerentes em algumas de suas localizações, visando melhorar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e reter talentos;
  • Buffer (Estados Unidos): a empresa de software de gerenciamento de mídia social testou a semana de 4 dias com seus funcionários, observando que a mudança não afetou negativamente a produtividade;
  • Basecamp (Estados Unidos): implementou semanas de 4 dias durante os meses de verão e relatou que a prática foi benéfica para a moral da equipe;
  • Elektra (Islândia): participou de um extenso teste nacional na Islândia, que foi considerado um sucesso esmagador, com muitos funcionários movendo-se para jornadas de trabalho mais curtas.

Quais empresas já estão testando a semana de 4 dias de trabalho no Brasil?

No Brasil, a semana de 4 dias de trabalho está começando a ganhar atenção, e algumas empresas pioneiras já estão testando esse modelo para avaliar seus benefícios e viabilidade, como:

  • Haze Shift Consultoria;
  • Editora MOL;
  • T4S – Thanks for Sharing Comunicação;
  • GR ASSESSORIA CONTABIL;
  • Alimentare Nutrição e Serviços;
  • PiU Comunica;
  • Innuvem;
  • Inspira;
  • Brasil dos Parafusos;
  • Abaeterno;
  • Plonge;
  • Smart Duo;
  • Oxygen Experiências;
  • Capacitação e Conteúdo em Inovação;
  • Clementino e Teixeira Advocacia;
  • Hospital Indianópolis.

Quais os resultados da aplicação da semana de 4 dias de trabalho?

Os testes da semana de trabalho de quatro dias ao redor do mundo têm mostrado resultados promissores.

No Reino Unido, estudos feitos pela Universidade de Cambridge e o Boston College demonstraram que, a maioria dos trabalhadores se sentiu mais saudável e feliz por trabalhar menos horas. 

Assim, das 61 empresas participantes, 56 estavam interessadas em manter a semana de 4 dias de trabalho como novo padrão.

E os principais números foram:

  • 71% dos colaboradores apresentaram redução dos níveis de esgotamento;
  • 43% perceberam melhorias na saúde mental;
  • 3% ainda levantaram pontos positivos relacionados à saúde física;
  • 60% afirmaram que melhoraram o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.

E os resultados não pararam por aí. Além dos benefícios para os colaboradores e a produtividade, as empresas pesquisadas ainda relataram um aumento de 1.4% na receita.

Como avaliar a produtividade da semana de 4 dias de trabalho?

Avaliar a produtividade da semana de 4 dias de trabalho envolve uma combinação de métricas quantitativas e qualitativas para entender plenamente o impacto dessa mudança. 

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Para isso, inicie definindo quais indicadores poderão ajudar nessa avaliação. E alguns dos principais podem ser:

Banco de horas

O banco de horas é um sistema que registra o saldo de horas trabalhadas além da jornada normal, podendo ser usadas para compensar horas não trabalhadas em outro momento.

Assim, ele permite monitorar o equilíbrio entre trabalho e descanso, garantindo que os funcionários não estejam sobrecarregados.

Para fins de análise, é possível avaliar o saldo do banco de horas de forma regular, acompanhando possíveis aumentos e identificando períodos e tendências. Assim, se muitos funcionários acumularem horas demais, talvez seja necessário reavaliar a carga de trabalho ou a distribuição de tarefas.

Horas extras

Assim como o banco de horas, as horas extras são um indicativo de que os colaboradores estão indo além da carga horária. No caso da aplicação da semana de 4 dias de trabalho, é preciso considerar se as horas extras estão indo além do período planejado para a compensação.

Assim, se elas estão ultrapassando em larga escala o limite planejado, isso pode indicar que os funcionários estão precisando de mais tempo para completar suas tarefas, o que pode apontar para uma sobrecarga de trabalho.

Desempenho financeiro

A produtividade dos colaboradores está diretamente conectada com a geração de resultados na empresa. Mesmo não sendo o foco principal do RH, é essencial que durante o período de teste da semana de 4 dias de trabalho, o desempenho financeiro da empresa também seja avaliado. 

Afinal, como mencionamos acima, estudos comprovaram que algumas empresas apresentaram um aumento de suas receitas durante o período.

Para isso, o RH deve estar em alinhamento com o setor financeiro, identificando pontos de atenção ou oportunidades de melhoria a partir da mudança.

Qualidade dos serviços

Da mesma forma, a qualidade das entregas deve ser acompanhada para validar a eficiência do novo modelo de trabalho. Assim, aqui vale também a parceria do RH junto aos líderes, acompanhando fatores como:

  • Taxa de erros;
  • Retrabalho;
  • Índices de atrasos e entregas no prazo;
  • Satisfação dos clientes.

Como o controle de ponto digital pode ajudar com a avaliação?

O controle de ponto digital é uma ferramenta essencial para ajudar na avaliação da implementação da semana de 4 dias de trabalho, proporcionando uma série de benefícios que facilitam o monitoramento e a análise da jornada laboral dos funcionários. 

Registro preciso de horas trabalhadas

O sistema de ponto digital oferece um registro preciso das horas trabalhadas, incluindo entrada, saída e pausas, permitindo uma avaliação precisa da carga horária durante a semana de 4 dias.

Monitoramento de horas extras e banco de horas

Com o controle de ponto digital, as horas extras e o saldo do banco de horas são registrados automaticamente, facilitando a gestão desses aspectos e permitindo uma análise detalhada do impacto da jornada reduzida na carga de trabalho.

Acompanhamento de atrasos e faltas

A ferramenta permite acompanhar atrasos e faltas, proporcionando dados que podem ser analisados para entender como a semana de 4 dias influencia a pontualidade e a presença dos funcionários.

Por meio do Analytics do Oitchau, por exemplo, o RH não precisa aguardar o fechamento da folha de ponto para acessar esta informação, avaliando com precisão os resultados e números por meio de gráficos intuitivos.

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Relatórios e análises integradas

O Oitchau, por exemplo, oferece recursos de relatórios avançados, facilitando a análise de tendências, padrões e a avaliação geral da eficácia da semana de 4 dias.

Decisões baseadas em dados

Com dados precisos e atualizados, os gestores podem tomar decisões baseadas em informações concretas sobre a necessidade de ajustes na jornada de trabalho, carga horária ou distribuição de tarefas.

A semana de 4 dias de trabalho é uma tendência que pode vir para ficar. Por isso, conte com um controle de ponto que vai te ajudar a aplicar, avaliar e mensurar os resultados desse modelo.

O Oitchau oferece um sistema preciso para o registro de entrada e saída dos funcionários, garantindo que as horas trabalhadas sejam contabilizadas corretamente. Isso é essencial para monitorar a adaptação à jornada de 4 dias e garantir a conformidade com as leis trabalhistas.

Dessa forma, com a possibilidade de registrar o ponto através do smartphone, os funcionários têm flexibilidade para marcar o ponto de qualquer local, o que é especialmente vantajoso para empresas que adotam políticas de trabalho remoto ou flexível.

Assim, além de garantir o controle e alinhamento com as normas trabalhistas, a nossa solução ainda oferece facilidade no gerenciamento por meio de:

  • Relatórios completos;
  • Análises por meio dos principais KPIs de RH;
  • Gestão à vista das jornadas das equipes.

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