Desenho com um balão que indica fala em vermelho, como uma mão dentro, apontando para baixo, em sinal de negatividade.

Como dar feedback negativo aos candidatos não aprovados no processo seletivo

Avisar um candidato de que ele passou no processo seletivo e irá integrar o quadro de funcionários da empresa é uma tarefa prazerosa e consideravelmente fácil. Mas, por outro lado, dar o feedback negativo, também tem a sua importância.

A empresa e o seu setor de RH devem fazer o possível para que os profissionais responsáveis tenham tempo e estrutura para orientar os candidatos que participaram do processo, mas que não foram selecionados.

Pensando nisso, elaboramos esse conteúdo para que você profissional de Recursos Humanos saiba qual é a importância e como ofertar o feedback negativo, a partir de 11 dicas. Boa leitura!

Por que oferecer o feedback negativo?

Para oferecer e estruturar uma política interna que preza por feedbacks negativos de qualidade, é necessário antes de tudo reconhecer e difundir a sua importância.

Confira alguns pontos que tornam essa prática indispensável ao fim de cada processo seletivo:

Consideração ao tempo disponibilizado

A primeira ideia que o RH deve ter em mente é a consideração pela disponibilidade do candidato em participar do processo seletivo.

Por conta disso, é fundamental considerar o aspecto humano e se dedicar a amenizar a situação.

Como a decisão já foi tomada, o que o setor pode fazer é remediá-la, facilitando a assimilação por parte do candidato reprovado.

Manter a boa imagem da empresa

Certamente o candidato que não foi aprovado compartilhará sua visão sobre o processo com outros profissionais da área e familiares, o que pode impactar diretamente a imagem da empresa.

Se os participantes receberem apenas um email com uma negativa, sem nenhuma explicação, ou com termos genéricos, a chance das histórias se somaram e afetarem a marca com o tempo é grande.

Redes sociais como o LinkedIn são a prova disso, vários profissionais costumam compartilhar suas visões sobre os processos seletivos, principalmente aqueles onde eles se sentiram menosprezados e desconsiderados.

Continuar recebendo candidaturas

Caso a imagem da empresa que não oferta bons feedbacks negativos se espalhe pelos profissionais da área, a tendência é que as candidaturas para os processos seletivos futuros caiam e percam qualidade.

Profissionais que valorizam o seu tempo e o seu trabalho dificilmente escolherão se comprometer com vagas que os deixam no escuro depois.

Ser uma referência na área

Ofertar feedbacks negativos demonstra preocupação com os caminhos escolhidos pelo setor.

Manter os profissionais interessados na empresa e informá-los sobre os seus pontos de melhoria mantém eles engajados e aptos a continuar o seu caminho rumo à excelência.

Ao informar aquilo que os profissionais podem melhorar para ocupar uma vaga futuramente, a empresa estará se posicionando como referência, ajudando a “evangelizar” o setor.

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Dicas de como dar o feedback negativo

Agora que você já sabe qual é a importância de ofertar o feedback negativo, confira 11 dicas que te ajudarão a melhorar e implementar esse processo no setor de RH.

Se atentar ao prazo

Como primeira dica, a mais importante, não demore para oferecer o feedback, seja responsável com a expectativa dos candidatos que não passaram no processo e estão aguardando uma resposta.

O ideal é que o setor planeje esse momento antes de iniciar o processo seletivo, estipulando e informando as datas que cada passo irá acontecer.

Caso isso não seja possível, assim que a decisão for tomada envie uma simples mensagem para aqueles que não foram aprovados, mas se comprometendo a entrar em contato novamente para dar o feedback.

Novamente, nesse contato deve estar uma data correspondente ao dia que isso irá acontecer ou um prazo, para que o profissional não fique sem saber o que e quando esperar.

Tenha cuidado com as palavras

Assim como em todas as etapas do processo, o feedback negativo deve ser realizado com cuidado, mantendo o respeito a quem está do outro lado e evitando interpretações negativas.

Em algumas ocasiões, é normal que o candidato apresente uma condição adversa, demonstrando tristeza ou até mesmo raiva, o profissional do RH deve manter a sua compostura e comunicar aquilo que já foi previamente combinado.

Outro aspecto a ser observado são comentários que possam denotar qualquer tipo de preconceito, o que se liga a dica abaixo.

Seja simples e direto

Uma comunicação efetiva, principalmente em momentos conflituosos, deve ser simples e direta, sem enrolações, demonstrando ao candidato os motivos que fizeram ele não seguir em frente, seus pontos fortes e o que ele pode fazer para melhorar.

Se a comunicação deixar dúvidas ou brechas para outras interpretações, o profissional pode entender que ele não foi escolhido para a vaga por um motivo que vai além das suas aptidões profissionais, ocasião que pode acabar gerando um problema jurídico.

O meio escolhido para transmitir a mensagem também tem grande impacto nisso, procure manter a postura profissional, priorizando meios formais, como o email.

Personalize as mensagens

Enviar mensagens copiadas e genéricas não é dar feedback negativo. Essa prática contribui para alimentar a imagem negativa da empresa e não para o crescimento do profissional, já que ele não saberá o que aconteceu em seu caso específico.

Esse pode ser um grande desafio, já que dependendo do tamanho do processo seletivo e da equipe de RH disponível, o envio de mensagens personalizadas para todos pode estar fora de cogitação.

Caso essa seja a realidade da sua empresa, dê o feedback negativo ao menos para os aqueles que foram para as etapas finais do processo, e deixe claro desde o começo que os não escolhidos nas fases iniciais não receberão um contato personalizado.

Não menospreze o esforço do outro

Assim como cuidar com as palavras escolhidas para a comunicação do feedback é importante, não menosprezar o esforço que foi feito é fundamental. Inclusive, esse fator deve ser enaltecido. 

O profissional separou algumas horas de seus dias para participar do processo, se dedicando a responder questionários e participar de entrevistas, por conta disso, seu tempo deve ser honrado, mesmo que através de palavras de agradecimento e reconhecimento.

Mantenha o feedback privado

Além de prezar pela comunicação direta e respeitosa, não se esqueça de manter a conversa ou dar o feedback de maneira privada.

Comentários sobre o processo individual do candidato não devem ser conhecidos pelos outros.

Mesmo que a comunicação cumpra outros requisitos, mensagens ou reuniões não privadas podem soar como vexatórias, causando não só desconforto no profissional, mas também colocando a empresa em risco jurídico.

Busque uma comunicação positiva

A maioria das dicas dadas até agora culminam em uma comunicação positiva. Com a recusa, é provável que o candidato já esteja passando por um momento difícil.

Por conta disso, mantenha sempre os comentários voltados para os melhores cenários, demonstrando caminhos que não sejam adversos e que aprimorem a sua carreira, valorizando experiências e processos seletivos futuros.

Uma das maneiras de garantir que esse comportamento ocorra e que o profissional sinta essa positividade é colocando a comunicação não violenta (CNV) em prática.

A CNV garante que a outra parte da conversa vai receber a mensagem que está sendo passada sem levar ela como uma ofensa pessoal.

Não minta para o candidato

Essa positividade só vai ser mantida se o profissional do RH não mentir para o candidato. Mesmo que no processo o setor identifique algo que desconecta totalmente o profissional da vaga ofertada, isso deve ser informado.

Mantenha claro tudo aquilo que fez ele não seguir no processo, e trate as partes delicadas com atenção, novamente demonstrando alternativas para o candidato.

Um exemplo é o compromisso da empresa em manter o contato do profissional em seu banco de dados para vagas futuras, se esse banco não existir ou nunca for utilizado, não faz sentido mentir para o candidato, mesmo que isso traga para ele uma satisfação momentânea.

Seja empático

O processo de dar a uma pessoa uma informação que ela não esperava ou recebe como negativa envolve muita empatia.

Ao se colocar no lugar do outro, tentando emular os seus sentimentos, será mais fácil conduzir a conversa de maneira a manter uma boa relação, com a empresa em si e o setor de RH.

Essa empatia está ligada ao processo de saber ouvir, por isso, se prepare para escutar ativamente tudo o que o candidato tem a dizer.

Para demonstrar que se importa com os sentimentos de quem está do outro lado, novamente, o RH pode usar a CNV para formular os seus feedbacks negativos.

Saiba lidar com a carga emocional

Manter a empatia requer inteligência emocional, até mesmo para saber reagir da maneira correta a ataques que possam tentar ferir o âmbito emocional.

Lembre-se de que a notícia a ser transmitida não é boa, por isso, o profissional de RH deve tomar as rédeas da conversa, levando ela para caminhos calmos e deixando o candidato à vontade.

No tópico acima falamos sobre a necessidade de saber ouvir e isso inclui escutar coisas não agradáveis e não levar essas falas para o âmbito pessoal, gerando uma discussão.

Mantenha a visão da empresa

Por fim, não se esqueça de que você, profissional de Recursos Humanos, está representando a empresa e tem o comprometimento de zelar por sua imagem.

Faça tudo o que estiver ao seu alcance para que mesmo após a negativa a marca esteja preservada e o profissional satisfeito por ter participado do processo e ganhado uma visão mais ampla sobre a sua carreira.

Mantenha a evolução da sua gestão de pessoas

Gerir pessoas exige sabedoria para lidar com momentos não tão positivos, como o momento de dar feedbacks negativos para os candidatos que não passaram no processo seletivo.

Se você deseja continuar aprendendo mais sobre a área e aprimorar os seus conhecimentos de gestão, não deixe de acompanhar outros conteúdos como esse no blog da Oitchau.

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