A fraude no controle de ponto é um tema delicado, no entanto, infelizmente acontece com mais frequência do que se imagina. Na prática, ela pode ser caracterizada em vários momentos. Por exemplo, quando o colaborador não marca o ponto ao sair para resolver um problema pessoal, ou, o contrário, quando ele faz a marcação, mas navega pelas redes sociais enquanto deveria estar trabalhando.
Neste sentido, o gestor tem um papel muito importante. Afinal, por ser a pessoa que conhece o dia a dia na empresa como ninguém, ele precisa identificar com clareza quem simplesmente esquece de marcar o ponto, daqueles casos nos quais o ponto não é marcado por pura má-fé do colaborador.
Ao ter conhecimento do último caso, o gestor precisa estar preparado para tomar medidas assertivas para eliminar o problema, protegendo a empresa e os demais colaboradores. Além disso, é preciso ter ciência de que a fraude de ponto, muitas vezes, não envolve apenas um profissional.
Tendo isso em mente, neste artigo, vamos falar sobre o buddy punching, o ponto amigo, e como preveni-lo. Afinal de contas, esse problema pode estar acontecendo agora mesmo na sua empresa.
Continue a ler e saiba mais sobre o assunto e como acabar com ele.
Fraude no controle de ponto: você conhece o buddy punching?
É uma espécie de fraude no controle de ponto. O buddy punching, ou o ponto amigo, é quando um colaborador marca o ponto por outra pessoa.
Todas as empresas estão sujeitas a passarem por esse problema, entretanto, quem utiliza cartões magnéticos ou senhas para a marcação de ponto são as que mais sofrem com o ponto amigo.
Para exemplificar, imagine a seguinte situação: o colaborador está atrasado para o trabalho e, certamente, vai ultrapassar os 10 minutos de tolerância para marcar o seu ponto. O que ele faz então? Manda uma mensagem ao seu colega de trabalho, pedindo para que ele registre o ponto em seu lugar. Dessa forma, ele garante que o pequeno atraso não seja descontado de seu salário e que, caso o gestor ou o profissional do RH revisem os registros de ponto, o dele estará impecável.
Obviamente o nome “ponto amigo” nada tem a ver com amizade. O colaborador que marca o ponto para outro profissional recebe por isso.
Por esse motivo, esse tipo de fraude no controle de ponto é mais perigoso do que parece. O colaborador não apenas está fraudando a marcação de um documento com valor trabalhista, como está desviando parte de seu salário para que outro faça isso por ele. Por sua vez, a pessoa que recebe por isso, está aceitando recompensa financeira para praticar um ato fraudulento.
Sob este ponto de vista todos perdem: a empresa, os colaboradores envolvidos e os demais, que nada têm a ver com o problema.
O mesmo conceito se aplica quando um colaborador precisa resolver um problema pessoal urgente e decide sair uma hora antes do trabalho. Na prática, ao invés de avisar seu gestor direto, ele pede ao “amigo” que marque o ponto em seu lugar no horário certo para que, assim, não sofra nenhum desconto no seu salário.
Em linhas simples, o ponto amigo é crime e gera demissão por justa causa.
Vamos falar mais sobre isso a seguir.
O preço do ponto amigo
Em longo prazo, o ponto amigo impacta seriamente o bolso do colaborador que o pratica. De acordo com a American Payroll Association, 75% dos colaboradores que pedem para outros marcarem seus pontos, já pagaram o equivalente a quatro horas e meia de seus salários aos “amigos” semanalmente.
Nos Estados Unidos, em que o salário mínimo é de US$7,25, quatro horas e meia de trabalho repassado aos “amigos” equivalem a quase US$150 (aproximadamente R$560) por mês. Em um ano, essa fraude no controle de ponto equivale a cerca de US$1.560 (R$5.860) por colaborador.
Para as pequenas empresas, o valor representa o que deixam de economizar na folha de pagamento. Uma vez que a maior parte dessas empresas emprega menos de 20 pessoas, o impacto da prática do ponto amigo por muitos colaboradores é grande. Assim, meios para prevenir o ponto amigo se tornaram essenciais para a saúde financeira das pequenas empresas.
Como prevenir a fraude no controle de ponto
A melhor maneira de combater a fraude de ponto é investir em assertividade. Confira essas dicas.
Tolerância zero
Se os gestores ou o RH ainda não tiveram a oportunidade de abordar o assunto de maneira clara e transparente, esse é o momento. Elabore uma política de marcação de ponto e seja assertivo quanto à intolerância à fraude de ponto.
Depois de pronta, envie o comunicado e a política de marcação de ponto a todos os colaboradores. Além disso, imprima cópias e deixe à vista para que não haja desculpas.
Use senhas
Implante senhas para a marcação de ponto para cada colaborador. Utilize senhas de longa sequência e que requeiram letras maiúsculas e minúsculas, além de números e caracteres especiais.
Tudo isso tem a finalidade de dificultar o compartilhamento de senhas entre os colaboradores.
Use a tecnologia ao seu favor
Mais uma vez, a tecnologia é uma aliada importante para a prevenção da fraude no controle de ponto. Conheça as possibilidades:
Ponto eletrônico A maior parte dos dispositivos para marcação de ponto eletrônico vem com GPS para que a localização do colaborador possa ser acompanhada em tempo real durante o expediente. Além disso, os colaboradores conseguem registrar o ponto quando estão a uma determinada distância do ambiente de trabalho.
Muitas vezes, basta que o colaborador tenha um app em seu smartphone e realize o registro de onde estiver.
Biometria
A biometria é também uma maneira de diminuir o problema de fraude de ponto. Para marcar o ponto utilizando esse sistema, o colaborador precisa da leitura de sua impressão digital. Em algumas empresas, a biometria é feita pelo leitor de retina.
Descarte problemas maiores que a fraude no controle de ponto
Se a fraude de ponto é algo recorrente na empresa, é bem provável que o problema seja maior e mais grave do que parece.
Aproveite para ter uma conversa olhos nos olhos com seus colaboradores e tentar chegar à uma solução para aqueles que têm problemas com faltas.
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