escala de trabalho hotelaria

Escala de trabalho hotelaria: como estruturar em um setor que não para

A escala de trabalho na hotelaria sempre foi um dos temas mais sensíveis para quem administra operações de hospedagem. Afinal, hotéis funcionam 24 horas por dia, incluindo finais de semana, feriados e períodos de alta demanda. 

E a gestão de escalas vem ganhando destaque como um dos pilares mais estratégicos para equilibrar produtividade, satisfação interna e conformidade legal. 

Assim, à medida que o setor adota modelos mais flexíveis e alinhados ao bem-estar das equipes, discutir escalas deixou de ser apenas uma questão operacional e passou a influenciar custos, turnover e até competitividade entre hotéis.

A seguir, veja como funcionam as escalas mais usadas, quais desafios surgem no dia a dia e como o RH pode estruturar transições seguras, especialmente quando considera a migração para o modelo 5×2.

Como é a escala de quem trabalha em hotel? 

Quem trabalha em hotel segue turnos que precisam garantir atendimento contínuo. Diferente de outros setores, a operação não fecha. Isso significa que manhã, tarde e noite precisam ter cobertura adequada.

A escala costuma ser montada a partir de três lógicas:

  • Turnos fixos, como 7h às 15h, 15h às 23h ou período noturno;
  • Turnos mistos, usados em áreas com picos específicos, como café da manhã ou jantar;
  • Turnos fracionados, comuns quando há aumento temporário de demanda.

O mais importante é que a equipe tenha previsibilidade. Sem isso, aumentam as trocas de horário, a sobrecarga e os conflitos internos. 

Assim, uma escala bem estruturada evita retrabalho, reduz horas extras e melhora o clima de trabalho.

Quais são os desafios mais comuns na escala de trabalho para hotelaria?

Mesmo com planejamento, a escala de trabalho hotelaria enfrenta desafios típicos do setor, como:

  • Falta de cobertura nos horários de pico;
  • Trocas de turno de última hora;
  • Ausências inesperadas;
  • Distribuição desigual de finais de semana;
  • Sazonalidade e variações de demanda;
  • Cumprimento de intervalos e descanso semanal;
  • Excesso de horas extras;
  • Falhas na comunicação da escala;
  • Dificuldade em prever necessidades de cada setor;
  • Ajustes manuais que geram inconsistências.

E esses desafios reforçam a importância de uma gestão de escalas bem estruturada e apoiada por dados. 

Como funciona a escala 6×1 na hotelaria? 

A escala 6×1 é uma das mais tradicionais. Nela, o colaborador trabalha seis dias e descansa um. Esse formato facilita a cobertura dos finais de semana, que costumam ser movimentados.

Mas também existem desafios. Trabalhar seis dias seguidos pode ser cansativo, especialmente em áreas como governança e cozinha. 

Isso também dificulta conciliar rotina pessoal e descanso adequado. Outro ponto é que o 6×1 tende a gerar mais pedidos de troca, já que nem sempre as folgas se encaixam nas necessidades da equipe.

Por isso, embora o modelo ainda seja comum, o setor já começa a rever essa estrutura.

Escala de trabalho 5×2 hotelaria: seria uma nova tendência? 

O formato 5×2 ganhou destaque após grandes empresas do setor começarem a adotar essa jornada e apresentarem resultados positivos. 

Nesse modelo, o colaborador trabalha cinco dias e folga dois. Isso cria um ritmo mais previsível e melhora o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Vantagens percebidas por hotéis que testaram o 5×2:

  • Mais descanso entre os ciclos;
  • Redução de desgaste físico;
  • Aumento do engajamento;
  • Queda nas trocas improvisadas;
  • Maior satisfação da equipe.

Mas o ponto de atenção está nos finais de semana. Com o 5×2, a folga costuma ser fixa, o que exige rodízio e ajustes cuidadosos para não deixar a operação descoberta. 

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Quando isso é bem-planejado, o 5×2 pode funcionar muito bem. Porém, quando não é, a operação sente rapidamente.

Mesmo assim, o fato de tantas redes começarem a testar o formato indica que o setor caminha para uma abordagem mais saudável e previsível de jornadas.

O que o RH deve analisar antes de migrar do modelo 6×1 para a escala 5×2 na hotelaria? 

Antes de trocar a escala 6×1 pelo modelo 5×2, o RH precisa verificar se essa mudança é compatível com a CLT e com as regras do acordo ou convenção coletiva da categoria. 

Isso porque alterar a escala mexe diretamente na forma como a jornada é distribuída, no descanso semanal e na rotina da equipe — e esses pontos não podem ser ajustados de forma isolada, sem respaldo legal.

Dessa forma, o primeiro ponto é confirmar se a convenção coletiva permite o formato 5×2. Algumas categorias do turismo e hotelaria já trazem regras específicas sobre jornada e folgas. Se houver previsão, a mudança fica mais simples. 

Se não houver, é necessário avaliar se a alteração pode ser realizada por meio de acordo coletivo, garantindo segurança jurídica.

Assim, a mudança da escala não pode reduzir direitos nem gerar prejuízos diretos. Quando existe impacto significativo na rotina (como folgas fixas, alternância de finais de semana ou redistribuição de horários), o ideal é formalizar a mudança com transparência, garantindo que ninguém sofra perdas salariais ou de descanso.

Além do aspecto legal, o RH também deve avaliar como essa migração interfere na operação: cobertura dos finais de semana, necessidade de contratações extras, custo de horas adicionais e impacto no atendimento ao hóspede.

Como organizar uma escala de trabalho na hotelaria considerando o modelo 5×2? 

Quando o hotel decide testar ou adotar o modelo 5×2, a organização da escala precisa seguir uma lógica robusta. Não basta apenas alternar turnos: é necessário estruturar a operação para que todos os horários sejam cobertos de forma equilibrada.

Escolha o modelo de 5×2 ideal para o seu hotel

O 5×2 pode ser configurado de diferentes formas, dependendo do tamanho da equipe e da intensidade da operação. Alguns hotéis preferem folgas fixas, e outros optam por rodízio para equilibrar finais de semana. 

Assim, o mais importante é definir qual formato oferece mais estabilidade, evita sobrecarga e mantém a experiência do hóspede sempre no padrão esperado.

Calcule o número exato de colaboradores por posto (fator 1,398)

Para que o 5×2 funcione sem buracos, o hotel precisa aplicar o fator 1.398, índice de mercado normalmente usado para calcular quantas pessoas são necessárias para manter um posto coberto todos os dias. 

Esse cálculo considera folgas, férias e ausências da rotina. Com ele, o RH consegue saber quantas pessoas são realmente necessárias para cada função antes de colocar o modelo em prática.

Use o revezamento de 5 grupos para cobertura 100% sem buracos

Uma forma de aplicar o 5×2 é dividir a equipe em cinco grupos, cada um iniciando a semana em um dia diferente.

Exemplo:

Semana Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
1 Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E Grupo A Grupo B
2 Grupo C Grupo D Grupo E Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D
3 Grupo E Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E Grupo A
4 Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E Grupo A Grupo B Grupo C
5 Grupo D Grupo E Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E

Esse revezamento distribui folgas, mantém todos os turnos preenchidos e evita que a operação fique descoberta nos dias de maior movimento. É um modelo simples de visualizar e muito utilizado em operações que precisam funcionar sem interrupção.

Como a tecnologia ajuda a montar uma escala de trabalho para hotelaria? 

Montar uma escala manualmente é demorado, aumenta o risco de erros e cria inconsistências entre o que foi planejado e o que acontece no dia a dia. A tecnologia facilita tudo isso.

A Oitchau é uma solução que ajuda hotéis a organizar turnos de forma simples, visual e prática!

E um dos diferenciais é a integração com o ponto, que evita divergências e reduz problemas no fechamento da folha. Isso traz mais segurança para o hotel e mais clareza para quem trabalha nele.

Além disso, indicadores da plataforma ajudam o RH a entender padrões de ausência, horas extras e atrasos. Com esses dados, fica mais fácil prever gargalos e ajustar a escala antes que os problemas apareçam.

Para entender melhor como a solução funciona, cadastre-se e faça um teste!

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