Você conhece o diagrama de Ishikawa?
Pois saiba que ele pode ser a solução para a sua empresa, especialmente no que diz respeito à qualidade e ao controle dela. Ela se volta ao reconhecimento de erros e da raiz deles.
Assim, é uma ótima estratégia para adotar na sua empresa de forma a melhorar seus processos e garantir os melhores resultados possíveis. Para conhecer mais sobre esse diagrama e como ele funciona continue lendo!
O que é diagrama de Ishikawa?
Esse diagrama, que também é conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama Espinha de Peixe já existe há mais de 50 anos. Ele surgiu ainda em 1960 e foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, um professor universitário japonês da área da gestão de qualidade.
O diagrama surgiu a partir de um desenvolvimento de Kaoru, que criou uma estratégia para o controle de qualidade de forma a prever os problemas e delimitar suas causas, de forma a extingui-las e evitar percalços no desenvolvimento de projetos.
Essa estratégia, então, revelou-se em um diagrama simples em que visualmente se torna possível reconhecer relações lógicas de causa e efeito, o que por si só leva à solução que se ilustra em evitar as raízes do problema.
O nome de Diagrama Espinha de Peixe, aliás, surgiu justamente pelo fato de que a forma de desenho desse digrama lembra em muito as espinhas de um peixe. Assim, ele é bastante fácil de ser construído, bem como pode garantir uma série de benefícios, conforme veremos abaixo.
Para que serve o diagrama de Ishikawa?
Ele serve justamente para identificar problemas e suas causas, de forma a tratá-las para interrompê-las. Assim, você pode usar o diagrama para evitar os desvios no desenvolvimento dos seus projetos e, ainda, garantir o melhor resultado final.
Ao fazê-lo, ainda, você pode economizar em tempo e em dinheiro, pois seus processos ocorrerão sem percalços! Por isso, o diagrama serve não apenas para controle de qualidade, mas também para melhoria do funcionamento empresarial geral.
Ao aplicar essa metodologia a sua empresa se torna capaz de:
- Entender quais são os problemas que afetam seus processos;
- Encontrar a causa desses problemas, indo diretamente à raiz deles;
- Trabalhar de forma a acabar com esses problemas, listando soluções;
- Garantir melhores resultados finais, tais como produtos ou processos;
- Ter em mãos um diagrama que permita visualmente uma análise rápida do que está acontecendo (problemas e causas);
- Organizar todas as ideias e soluções, junto à equipe, em um só lugar;
- Agilizar seus processos;
- Economizar tempo e dinheiro ao evitar gastos e perda de tempo com erros e problemas que já foram mapeados junto às causas e que, portanto, não se repetirão (idealmente).
Bases do diagrama de Ishikawa
Antes de vermos como usar e colocar em prática o Diagrama de Causa e Efeito, é necessário entender quais são as bases dele. Elas se referem às raízes mais comuns dos problemas. São elas, justamente, que preencherão o diagrama no que diz respeito às raízes do percalço.
Essas causas mais comuns se revelam nos 6 M, que são:
- Método: ocorre quando a causa do problema está no próprio método do processo de trabalho;
- Meio ambiente: leva em consideração o local, isto é, o espaço onde o trabalho se dá;
- Máquinas: refere-se ao maquinário, ferramentas e softwares que são utilizados ao longo do desenvolvimento do projeto;
- Material: refere-se às matérias-primas e demais insumos que se aplicam no desenvolvimento do projeto;
- Mão de obra: ilustra-se pelos colaboradores e equipes que estão envolvidos no projeto;
- Medidas: corresponde ais indicadores, como de desempenhos e de metas, e como eles afetam o desenvolvimento do projeto em si.
Como usar o diagrama de Ishikawa
O uso do diagrama é simples. Ele se dá, basicamente, a partir de uma reunião de desenvolvimento de projeto. Com a definição do escopo de um projeto, antes de tudo, torna-se necessário levantar os possíveis problemas que ele pode encontrar ao longo do caminho.
Em outras palavras, deve-se imaginar e registrar todos os percalços que podem se apresentar entre o início do desenvolvimento do projeto e o ponto final dele, de entrega. Afinal, muitas vezes as coisas não saem conforme o planejado.
Ainda, existem problemas comuns que costumam se repetir em projetos semelhantes. Por isso, muitas vezes um projeto já inicia com a noção maior de suas necessidades e limitações em razão da semelhança que tem com outros desenvolvidos anteriormente.
Defina um problema
Primeiramente, sua equipe deve determinar qual é o problema que entrará em análise, de acordo com o levantamento de possibilidades, conforme falamos acima.
É interessante ser o mais específico possível, eis que isso também facilita no momento de encontrar a causa e a solução.
Desenhe a espinha de peixe
Desenvolva a estrutura do seu diagrama de Ishikawa. Para isso, desenhe uma cabeça de peixe (seta), onde deve ser especificado o problema a ser resolvido. A partir dela, trace uma linha horizontal, no meio, que será o corpo do peixe e do diagrama.
Faça os traços para cima e para baixo (conforme espinhas de peixe) onde deverão entrar as linhas horizontais, depois. Elas é que serão preenchidas com as possíveis causas do problema que você está analisando.
Levante as possíveis causas
Esse é o momento, então, que você e sua equipe devem pensar em quais são as razões que estão no cerne do problema em análise.
Divida os motivos dos problemas de acordo com as categorias às quais pertencem
Lembre-se de dividir as causas de acordo com a categoria a qual pertencem. Isto é, conforme o 6M, que determina os motivos como mão de obra, método, máquina, materiais, meio ambiente e medidas.
As causas ficam nas espinhas. Já nas linhas dentro de cada uma, ficam as subcausas, que são os motivos menores e que se encaixam nessas categorias. Por exemplo, atraso e erro humano entram em “mão de obra”.
Defina as soluções
Por fim, determine as soluções de acordo com a relação de causa e efeito que o diagrama de Ishikawa permite visualizar.
Dessa maneira, resta desenvolver estratégias para extinguir tais riscos, de forma a evitar o desenvolvimento do problema.